sexta-feira, abril 24

Por que gritamos???

Por Lindomar F de Almeida

Ultimamente tem-se dito que o 'amor adoeceu'. Mas, culpar logo o amor? A técnica como fim, a midiatização como busca, a superficialidade em quase tudo que se faz na vida produz ignorâncias afetivas, decisões doentias e a irracionalidade travestida de racionalidade. O Mahatama nos ajuda a compreender o abismo que se forma entre nós e o amor como resposta.

Um dia, um filósofo indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:
- Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?, questionou novamente o pensador.
- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre voltou a perguntar:
- Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Surgiram várias outras respostas, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
- Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir essa distância, precisam gritar, para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvirem um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes, os seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E, quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas se amam, estão próximas. Por fim, o filósofo concluiu dizendo:
- Quando vocês discutirem, não deixem que os seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

Mahatma Gandhi.

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